
O câncer de próstata é uma das neoplasias mais comuns entre os homens, representando uma importante preocupação de saúde pública. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), é o segundo tipo de câncer mais frequente em homens no Brasil, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma.
O nosso sistema de saúde tem, nos últimos tempos, registrado um aumento na conscientização sobre o câncer de próstata, uma das doenças mais comuns entre os homens a partir dos 50 anos. Segundo especialistas, o diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de sucesso no tratamento e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Segundo o Dr. Pedro Filgueira, urologista e especialista em cirurgia robótica, inicialmente a doença é silenciosa, não havendo sintomas, mas após certo período sinais costumam aparecer, promovendo dificuldades daqueles com a enfermidade.
“Nas fases iniciais, o câncer de próstata geralmente não apresenta sintomas. Quando os sinais aparecem, costumam estar associados a estágios mais avançados da doença e incluem: dificuldade para urinar, sangue na urina ou no esperma, dores pélvicas e dores ósseas. Por isso, o diagnóstico precoce é fundamental e deve ser feito mediante exames de rotina com o urologista, mesmo na ausência de sintomas.”
Os principais fatores de risco incluem idade avançada, histórico familiar de câncer de próstata, obesidade, sedentarismo e alimentação inadequada. A partir dos 50 anos, recomenda-se que os homens realizem exames de rotina, como o exame de toque retal e a dosagem do PSA (antígeno prostático específico), especialmente aqueles com fatores de risco.
Para o Dr. Pedro Filgueira, é extremamente necessário o diagnóstico precoce para o aumentar as chances de cura da doença. “O diagnóstico precoce é feito por meio do toque retal e da dosagem do PSA (antígeno prostático específico) no sangue. Conforme as diretrizes da Sociedade Brasileira de Urologia, homens a partir dos 45 anos com fatores de risco (raça negra, histórico familiar ou comorbidades associadas) e a partir dos 50 anos sem fatores de risco devem realizar esses exames anualmente. O rastreamento permite identificar a doença em estágios iniciais, aumentando as chances de cura e reduzindo a mortalidade”
Especialistas ressaltam que a prevenção e o acompanhamento regular são essenciais para detectar qualquer alteração na próstata em fases iniciais, aumentando as chances de cura. Além disso, hábitos de vida saudáveis, como alimentação equilibrada, prática regular de exercícios físicos e evitar o tabagismo, também contribuem para a redução do risco.
“Adotar um estilo de vida saudável — com alimentação equilibrada, prática regular de atividades físicas, não fumar e evitar consumo excessivo de álcool — pode reduzir significativamente o risco de desenvolver câncer de próstata. Essas medidas atuam na chamada prevenção primária e também contribuem para a saúde geral do homem”, afirma Dr. Pedro.
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