Celia Castedo Monasterio, funcionária da Administração de Aeroporto e Serviços Auxiliares à Navegação Aérea da Bolívia (Aasana), recebeu autorização para aguardar durante um ano resposta ao pedido de refúgio no Brasil. Ela é investigada como uma das responsáveis por autorizar voo da LaMia que caiu na Colômbia, há uma semana, matando 71 pessoas.
Na semana passada, o Ministério Público boliviano deu encaminhamento a queixa-crime contra Monasterio por “não cumprimento de deveres” e “atentado contra a segurança dos transportes”. Ela, por outro lado, informou as autoridades brasileiras que tem sido perseguida e não teria condições de impedir a saída do voo que matou integrantes da Chapecoense, jornalistas e tripulantes da LaMia.
“Ela prestou depoimento, ontem, no Ministério Público Federal em Corumbá. Disse estar sendo perseguida pelo governo [boliviano] que busca responsabilizá-la pelo acidente. Encaminhamos o pedido ao Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) e, com o protocolo, sua permanência pode ser de um ano no país”, explicou o delegado da Polícia Federal, Sergio Luis Macedo.
Refúgio é uma proteção legal, conforme o Ministério da Justiça, concedido a quem sofre perseguição por religião, grupo social, opiniões políticas e diante de graves violações dos direitos humanos. Entrevista avalia riscos de retorno do solicitante e origem das perseguições sofridas, antes de definir por sua permanência ou não. O processo dura, em média, um ano para ser concluído.
Via: Correio do Estado
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