As manifestações de junho do ano passado representaram o fim de um hiato de mais de 20 anos sem movimentos massivos nas ruas do País, mas não deixaram como legado a formação de lideranças políticas identificadas com suas ideias.
Não há, nas campanhas eleitorais deste ano, em nenhuma das esferas, o registro de candidatos que tenham se destacado como referência das ruas.
Em contrapartida, líderes da “geração de 92” – que começou a se aglutinar na efervescência das eleições diretas de 1989 e atingiu o ápice com os caras-pintadas do “Fora Collor” – despontam em disputas majoritárias.
Seis candidatos a governador são contemporâneos do movimento estudantil da época – Alexandre Padilha (PT), em São Paulo; Marcelo Ramos (PSB), no Amazonas; Flávio Dino (PC do B), no Maranhão; Lindbergh Farias (PT), no Rio; Camilo Santana (PT), no Ceará; e Lúdio Cabral (PT), em Mato Grosso.
Camilo Santana, candidato a governador do Ceará, foi presidente do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal do Ceará e um dos mais destacados líderes do Nordeste no movimento “Fora Collor”.
Via: Exame