
A Teoria da Relatividade Geral, do físico Albert Einstein, foi confirmada com a observação do eclipse total do Sol de 29 de maio de 1919 em duas expedições científicas, uma no Sobral, no Brasil, e outra na roça Sundy, na ilha do Príncipe, em São Tomé e Príncipe, à época uma colónia portuguesa.
A expedição do Príncipe, liderada pelo astrónomo britânico Arthur Eddington, diretor do Observatório de Cambridge, teve o apoio logístico do Observatório Astronómico de Lisboa (OAL).
Em Lisboa, o acontecimento, que permitiu validar o encurvamento gravitacional da luz tal como previsto na teoria einsteiniana, será evocado numa exposição no Museu de História Natural e da Ciência, em palestras no OAL e na Sociedade de Geografia e numa edição filatélica.
A exposição, a inaugurar em 16 de maio, terá painéis informativos sobre Einstein e Eddington, os caçadores de eclipses, as duas viagens científicas e a resposta de Lisboa à expedição ao Príncipe e à Teoria da Relatividade Geral, publicada em 1915.
Cidade brasileira celebra centenário da confirmação da Teoria da Relatividade com ópera
Para celebrar o centenário do eclipse solar que comprovou a Teoria da Relatividade Geral, a cidade brasileira de Sobral, cujo céu foi palco daquele fenómeno natural, organizou uma ópera, em conjunto com São Tomé e Príncipe.
“O município de Sobral, juntamente com instituições científicas nacionais, universidades e instituições governamentais, têm preparado ao longo do ano de 2018 e 2019 um conjunto de iniciativas, (como) uma ópera internacional, que irá ser transmitida por um televisão dinamarquesa, com uma apresentação em tempo real de um grupo de estudantes de Sobral e da ilha do Príncipe”, afirmou à agência Lusa o secretário da Educação de Sobral, Herbert Lima.
Com o tema “Gravidade”, a ópera abordará os 100 anos do eclipse, sendo que os alunos dos países envolvidos têm realizado videoconferências de forma a escreverem juntos a história principal da ópera, segundo a página da internet do município de Sobral.
O objetivo principal da iniciativa internacional é despertar nos estudantes o interesse pela ciência, através da música.
Realizar-se-á também uma conferência internacional, com cientistas provenientes da Europa, dos EUA, e de países da América Latina, como Chile e Argentina.
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