Uma prática típica dos primeiros anos da República brasileira, a compra de votos, atravessa séculos e continua em vigor até hoje no país, apesar das leis e da maior fiscalização por parte das autoridades e da sociedade civil. Nos bastidores, a informação é de que, de norte a sul do Brasil, votos são comprados com uma extensa lista de benefícios, em que o dinheiro e às vezes até dentadura são a principal moeda utilizada.
São usados, também, material de construção, cesta básica, gasolina, comida e bebida, passagem de ônibus, pneus, até mesmo, emprego na esfera pública.
Até o momento, segundo informou, o procurador regional eleitoral, Rômulo Conrado, não existe nenhum caso concreto nas eleições desde ano, aqui no Ceará. Entretanto, diversas denúncias sobre suposta compra de votos estão sendo investigadas e, sendo assim, os procuradores estão de olho na movimentação dos candidatos no interior do Estado. Na mira da Justiça Eleitoral, a prática é difícil de ser combatida por conta das provas, conforme explica Rômulo Conrado.
Na semana passada, o Ministério Público Eleitoral (MPE), no Ceará, instaurou procedimento administrativo para investigar denúncias feitas por deputados estaduais sobre casos de compras de votos por candidatos nas eleições deste ano. Na sessão da Assembleia Legislativa, da última terça-feira, o deputado Fernando Hugo (PSD) declarou na tribuna, sem citar nomes, que uma candidata que busca vaga no Legislativo estadual estaria comprando todos os votos na Ibiapaba, inclusive, insinuou que se referia à ex-prefeita de São Benedito.
Via: Política Com K