Pesquisa nacional ameaçada pela política austeridade do MEC

O governo decidiu cortar 5.613 bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado que estavam previstas para os quatro meses restantes do ano. Desta forma, nenhuma nova bolsa será concedida pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), fundação vinculada ao Ministério da Educação (MEC).

A medida representa uma redução de gastos de apenas R$ 37,8 milhões neste ano. Com a decisão, serão cortadas em 2019 um total de 11.811 bolsas de pesquisa financiadas pelo órgão, o equivalente a 10% das bolsas vigentes no início do ano. Apesar do discurso de que é preciso inovar e desenvolver tecnologias, a previsão é que, nos próximos quatro anos, R$ 544 milhões deixem de ser investidos em bolsas.

De acordo com o presidente da Capes, Anderson Ribeiro Correia, os cortes se devem ao contingenciamento do orçamento. “Será necessário congelar 1,94% do total para este ano, preservando parcela principal dos benefícios”, contabilizou Correia. “O critério utilizado para esse bloqueio é para bolsas não utilizadas, com objetivo de preservar todos os bolsistas em vigor”, detalhou.

Este ano foram contingenciados R$ 819 milhões previstos na Lei do Orçamento Anual – 19,15% do total de R$ 4,2 bilhões. O projeto de lei orçamentária para 2020 prevê que a Capes, no próximo ano, conte com R$ 2,2 bilhões, quase a metade da previsão de 2019 (51,7%) ou 64,1% do valor real (pós-contingenciamento).

Via: Monitor Digital

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Professor e Jornalista

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