
Falta de capacitação de novos gestores é um dos principais entraves ao desenvolvimento de equipes e à escalada saudável dos negócios, alertam especialistas
Em meio ao crescimento acelerado de muitas empresas brasileiras, um erro comum, e silencioso, tem custado caro para negócios promissores: a promoção de colaboradores técnicos a cargos de liderança sem o devido preparo para a função.
A prática, ainda recorrente em empresas de todos os portes, especialmente em PMEs e startups em fase de expansão, acaba criando um desequilíbrio na gestão, afetando diretamente o clima organizacional, a performance das equipes e, por consequência, os resultados financeiros.
Segundo Paula Dantas, diretora do Inova Hub Corporativo e fundadora do movimento “Entre Elas”, a transição do papel técnico para o papel de liderança exige mais do que experiência: requer mentalidade, habilidades humanas e visão sistêmica.
“Promover alguém por mérito técnico, sem prepará-lo para liderar pessoas, é como entregar o comando de um avião a quem só treinou no simulador. O impacto é imediato e, muitas vezes, devastador para a equipe”, destaca Paula.
O problema, segundo ela, está enraizado na cultura empresarial que ainda valoriza a produtividade individual acima das competências comportamentais necessárias à gestão de times. “A liderança não é sobre saber fazer, é sobre saber fazer junto. E isso requer habilidades que não são ensinadas na rotina operacional”, completa.
Especialistas apontam que a falta de capacitação dos novos líderes é um dos principais gargalos do crescimento sustentável. Com a pressão por resultados e a ausência de preparo emocional, muitos líderes recém-promovidos adotam posturas autoritárias, desmotivam talentos e criam ambientes tóxicos, sem sequer perceber.
A solução está no desenvolvimento estruturado de lideranças. Programas de formação, mentorias e acompanhamento constante são investimentos estratégicos, e não opcionais, para empresas que desejam crescer com consistência e retenção de talentos.
“Empresas que investem em líderes bem preparados constroem equipes mais engajadas, resilientes e orientadas a resultado. Isso impacta diretamente no crescimento da organização e na saúde do negócio a longo prazo”, conclui Paula Dantas.
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