
Em um importante passo para a conscientização sobre a violência contra a mulher, a psicóloga Sarah Rebeca Barreto, esteve presente na última sexta-feira (23), na escola indígena “Vila dos Cacos”, localizada em Caucaia-CE. Na ocasião, a profissonal, que também assume a diretoria de atendimentos da Associação Marta, abordou temas cruciais sobre a violência de gênero.
Durante a palestra, a psicóloga detalhou o ciclo da violência, explicando as diferentes fases que as mulheres vítimas vivenciam. Além disso, foram abordados os diversos tipos de violência, não apenas a física, mas também a psicológica, sexual, patrimonial e moral. Sarah Rebeca enfatizou os profundos impactos que a violência causa na saúde mental das mulheres como: depressão, ansiedade e transtorno de estresse pós-traumático.
“É fundamental que as escolas trabalhem a temática da violência de gênero de forma aberta e transparente. A prevenção é a melhor forma de combater esse problema e as escolas são espaços privilegiados para a conscientização e a transformação de valores. Ter a oportunidade de falar sobre a saúde mental e mostrar não só o apoio psicológico, mas também o jurídico, que está disponível para as vítimas que procuram a Associação, nos ajuda a propagar nossa missão neste tema tão importante”, afirma a psicóloga.
Lei Diana Pitaguary
A ação na escola indígena ganha ainda mais relevância quando se considera o contexto da violência contra a mulher indígena. A história de Diana Pitaguary, vítima de feminícidio em 2017, se tornou símbolo do mês de agosto lilás no Ceará e serve como um alerta sobre a gravidade do problema. Diana motivou a criação da Lei Diana Pitaguary – n. 17.041/2019 que visa conscientizar e proteger as mulheres indígenas da violência. O caso também se tornou parte do calendário de eventos do Estado, instituindo a “Semana Diana Pitaguary” em todo o início do mês de agosto nas escolas indígenas.
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