Senadores do PDT criticam corte de verbas e defendem mais recursos para educação

A bancada do PDT no Senado criticou os cortes de verbas na educação anunciados pelo governo federal, como o bloqueio de até 30 % dos recursos previstos para universidades e institutos federais. O contingenciamento já passou de R$ 7 bilhões e congelou repasses para bolsas de pesquisas, construção de escolas e transporte escolar.
O líder da bancada do PDT, Werverton (MA), disse que os cortes são inaceitáveis e vão retirar R$ 65 milhões dos cofres do Instituto Federal e da Universidade Federal do Maranhão, ameaçando o funcionamento das instituições até o final do ano. Weverton ainda lamentou o cancelamento generalizado das bolsas de mestrado e doutorado oferecidas pela Capes, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. É o desmonte total dos centros de pensamento e a renúncia a um projeto de desenvolvimento científico no Brasil. Eles querem nos mandar de volta à Idade Média, disse o senador.
Weverton cobrou a liberação dos recursos previstos para a Educação no Orçamento de 2019 e elogiou a iniciativa do PDT de entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão do MEC. “O PDT não vai admitir um absurdo como esse. A justificativa dada pelo governo não tem sentido. É uma forma de tentar restringir a liberdade de pensamento”, afirmou o senador.
O senador Cid Gomes (PDT-CE) também qualificou de irresponsável o bloqueio de verbas e disse que o Brasil tem o desafio de ampliar o ensino superior. Cid Gomes lamentou a posição do ministro da Educação, Abraham Weintraub, que argumentou em audiência no Senado não haver “corte no orçamento das universidades, mas contingenciamento”. O senador cearense defendeu uma mobilização do Congresso Nacional para impedir que as alterações no Orçamento sejam feitas por decreto. Este Senado não pode ficar calado e omisso em relação a essa decisão absurda, inconsequente e irresponsável do executivo brasileiro. É inconcebível que nós aceitemos que cortes nessa monta sejam feitos apenas por uma iniciativa isolada do Executivo, disse Cid.
Já a senadora Katia Abreu (PDT-TO) cobrou a valorização do ensino infantil e dos professores e repudiou a tesourada nos repasses para as universidades sem nenhuma análise prévia, no meio do ano letivo. Se o governo federal pensou em punir os professores ou a direção dessas instituições enganou-se. Os maiores punidos são os alunos, a população brasileira e o ensino público – concluiu a senadora.

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Professor e Jornalista

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