Trabalho de excelência na educação de Sobral credencia Cid Gomes para Ministério da Educação

O Jornal Valor Econômico cita a educação sobralense como referência que influenciou a Presidente Dilma na escolha de Cid Gomes para Ministro da Educação, um dos cargos políticos mais importantes do governo.

Confira: como em junho de 2013, o repórter Luciano Máximo, do Valor , foi ao Ceará com uma pergunta. Por que esse Estado foi um dos que mais avançaram nos indicadores de qualidade para alunos dos anos iniciais do ensino fundamental?

A resposta é complexa, mas a reportagem mostrou que o projeto cearense é de longo prazo e combina parceria (entre estado e municípios), assistência técnico-pedagógica, meritocracia e incentivos fiscais, além do foco na avaliação constante dos alunos.

A escolha de Cid Gomes como ministro da Educação no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff põe em evidência esse projeto. A origem do modelo cearense está na cidade de Sobral, berço da família Gomes, mas o sucesso do programa vai muito além da política. A base de tudo é o Programa Alfabetização na Idade Certa (Paic), que reflete uma rara experiência pública, pois começou de baixo para cima – do município foi levado para o estado, onde fez eco e foi para o âmbito federal, como avaliou Maurício Holanda, secretário de Educação do Ceará, em evento na FGV no começo de dezembro.

A origem do modelo cearense está na cidade de Sobral

Embora tenha sido implementado em 2007, primeiro ano de Cid Gomes como governador do Ceará, o Paic começou a ser desenhado em 2004, quando foi instituído o Comitê Cearense para a Eliminação do Analfabetismo Escolar. Montado com apoio da Unicef, do Inep e com consultoria de diversas universidades, é desse comitê e da inspiração do que já acontecia na cidade de Sobral, de onde saíram as diretrizes do Paic.

Em 2013, Estalber Amarante Vieira, diretor da Escola Municipal Raimundo Pimentel Gomes, na periferia de Sobral, a melhor escola do estado e então a 15ª do país, resumiu assim o resultado obtido por eles, como relatou à reportagem do Valor. “Não tem segredo, adotamos profundamente as regras do Paic: provas para diagnosticar os problemas e trabalho pedagógico em cima do que encontramos. Se as avaliações mostram que o aluno não evolui em matemática, a gente monta reforço e ele fica depois da aula; se o aluno está faltando muito, eu vou um dia na hora do almoço ou à noite na casa dele, sento e converso com os pais para saber qual é o problema. E se o aluno não estiver na sala antes de começar a aula, a gente manda buscá-lo de moto.”

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Professor e Jornalista

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