
Há uma Reforma da Previdência para se aprovar, um pacote anticrime para se discutir e medidas que precisam ser tomadas para recuperar o emprego no País. Enquanto isso, Bolsonaro fica batendo boca em redes sociais com adversários políticos, enaltecendo o Golpe Militar de 64 e agravando ainda mais a desgastada relação com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
Será que o presidente Bolsonaro, que foi congressista há décadas, não entende que precisa do Parlamento para governar? E sem essa conversa que precisa pagar deputado pra sentar na mesa de negociação. Não se faz política sem articulação. Não há poderes independentes no País.
Mas Bolsonaro, mesmo com o desgaste evidente e com o Governo recebendo críticas de todos os lados, voltou a cutucar Rodrigo Maia em entrevista na Band. O presidente da Câmara reagiu à declaração de Bolsonaro que Maia está “abalado” por “questões pessoais”. O deputado respondeu: “Abalados estão os brasileiros que estão esperando desde 1º de janeiro que o Governo comece a funcionar. São 12 milhões de desempregados, 15 milhões de brasileiros vivendo abaixo da linha da pobreza e o presidente brincando de presidir o Brasil”, atacou. “Está na hora de ele sentar na cadeira dele, de o Parlamento sentar aqui e a gente resolver em conjunto os problemas do Brasil”.
A situação começa a ficar ruim também para os ministros Paulo Guedes e Sérgio Moro na defesa dos seus projetos junto aos parlamentares. Com um governo sem base parlamentar e sem voto para aprovar nada, os dois ministros podem “jogar a toalha” e “abandonar o barco”. Alguém tem dúvida disso?
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