Regra acontece pela primeira vez na história das eleições brasileiras. Os dados do Centro de Estudos de Incidentes de Segurança no Brasil apontam que as páginas falsas na internet alcançaram um pico de quase 100 mil no ano de 2014.
A expectativa dos analistas políticos ouvidos pela CBN é de que nessa eleição elas se tornem mais frequentes e representem uma ameaça para as candidaturas que não conseguirem desmentir os boatos a tempo. Com as campanhas mais baratas por causa do fim do financiamento de empresas a políticos e os limites para os gastos, a internet deve se tornar plataforma fundamental.
Os números mostram que de fato, as mentiras ganham força em campanhas. Só no ano de 2014, o Centro de Estudos de Incidentes de Segurança no Brasil, recebeu quase 100 mil notícias de páginas falsas – 70% foram entre os meses de julho e outubro, quando os candidatos estavam em evidência.
Em 2016, o cerco para os mentirosos está mais fechado. Pela primeira vez nas eleições passa a valer uma lei de 2013 que torna crime contratar ou ser contratado para espalhar boatos de candidatos na internet. E a pena é dura, como explica o ministro do Tribunal Superior Eleitoral, Henrique Neves.
“A pena de cadeia pra quem contrata é de dois a quatro anos com multa de R$ 15 mil a R$ 50 mil. E pra quem é contratado, é pena de detenção de seis meses a um ano com alternativa de prestação de serviço à comunidade e multa de R$ 5 mil a R$ 30 mil. Então eventualmente alguém que fale: ‘ah, vou fazer um biquinho, arrumar um trabalho durante a eleição pra falar mal de um candidato na internet’. Se isso daí decorre de uma contratação com esse propósito específico responde penalmente tanto quem contratou quanto quem foi contratado.”
Via: CBN