
Após Assembleia Geral Extraordinária (AGE) realizada nesta segunda-feira (6), os médicos que prestam serviços nas Unidades de Pronto Atendimento do município de Caucaia decidiram paralisar suas atividades. Os profissionais estão com o pagamento referente ao mês de outubro em atraso e alegaram que eles tornaram-se recorrentes ao longo deste ano.
Conforme informações dos médicos durante assembleia, mesmo após diversas tentativas, não houve disposição por parte do município em solucionar a situação. O Sindicato dos Médicos do Ceará, inclusive, já notificou a Prefeitura de Caucaia sobre essa questão e não obteve nenhuma resposta.
Logo após a assembleia, o Sindicato dos Médicos do Ceará encaminhou, ainda nesta segunda-feira (6), ofício ao Secretário de Saúde do Município de Caucaia, Zózimo Luís de Medeiros Silva, comunicando sobre a paralisação dos médicos.
Paralisação
Os médicos que atuam nas UPAs de Caucaia estão devidamente respaldados pelo deliberado na Assembleia Geral Extraordinária. A paralisação tem início 72 horas após assembleia. O Sindicato dos Médicos informa que, por se tratar de um serviço de natureza essencial, será mantido um percentual legal exigido de médicos em atividade.
“Ainda se faz advertir que, tendo em vista os recorrentes atrasos, se as atividades/serviços desenvolvidas no mês de novembro de 2021 não forem pagas até o décimo dia útil de dezembro, fica desde já a Administração Pública notificada que serão inicializadas automaticamente as paralisações até que o pagamento dos valores de novembro também seja definitivamente regularizado”, afirma o presidente do Sindicato dos Médicos do Ceará, Dr. Leonardo Alcântara.
Sem medicamentos
Na última sexta-feira, 3, o Sindicato denunciou a falta de remédios nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Caucaia. Profissionais lotados nessas unidades informaram a falta de medicamentos para garantir o atendimento de públicos que apresentem sintomas como dores e desidratação, por exemplo.
De acordo com sindicato, os sistemas das UPAs já constatam a falta de remédios básicos como dipirona, diclofenaco, dexametasona, buscopam simples, cetoprofeno, anlodipino, ondansetrona, metoprolol, clindamicina, soro fisiológico e enalapril. “Não podemos admitir que uma cidade com um contingente populacional tão significativo esteja passando por essa situação. Trata-se de medicamentos de entrada e que precisam ter abastecimento contínuo para não chegarmos a essa situação crítica”, reforça Leonardo Alcântara, presidente do Sindicato dos Médicos.
Published by