Ao falar sobre a trajetória de sucesso da política de alfabetização de crianças do município de Sobral, o deputado estadual Ivo Gomes afirmou, na noite de ontem (14), durante o I Fórum de Educação da Região Norte, que nunca “engoliu o discurso de que meninos pobres não têm capacidade de aprender”.
De acordo com o parlamentar, que em 2001 assumiu a Secretaria Municipal da Educação de Sobral com 80% das crianças do Ensino Fundamental analfabetas, o que faltava a esses meninos e meninas era oportunidade de aprender. “Naquele tempo, além de outros sensos comuns, diziam muito que a condição financeira das crianças as impedia de aprender. Eu nunca acreditei nisso, assim como sempre acreditei que os professores eram capazes de reverter aquele quadro de analfabetismo”, destacou.
Logo depois de uma série de mudanças na estrutura de Educação do município, a primeira meta estabelecida pela equipe da Secretaria era a de fazer com que todos os alunos do 1º ano terminassem aquele ano de 2001 alfabetizados, conforme detalhou Ivo Gomes. A segunda meta era a de que os alunos das outras séries analfabetos, separados em salas específicas de alfabetização, também terminassem o ano alfabetizados.
“Após um ano de trabalho muito árduo de todo o sistema educacional, chegamos em 2002 com resultados ainda muito ruins. Mas, tivemos perseverança e paciência para as coisas acontecerem. E realmente aconteceram”, narrou o deputado, acrescentando que, atualmente, Sobral ocupa o 1º lugar do Brasil em Índices de Educação.
Segundo Ivo Gomes, não existe mágica ou segredos na experiência de Sobral na área da Educação: “bastou que a gente descobrisse o foco do problema, que era a não alfabetização desses garotos e garotas, e o atacássemos de frente, capacitando professores e toda a gestão escolar”.
Para os próximos anos, o deputado destacou que o desafio de Sobral é fazer com que todas as escolas do município sejam de tempo integral e que tenham um projeto pedagógico ousado. “Antes do Veveu Arruda, Sobral não tinha nenhuma escola desse modelo. Agora, já são 12 entregues à população”, frisou. Mas, sem deixar a alfabetização de lado, “já que é uma base sólida, bem feita, que faz a grande diferença na vida escolar de um estudante.
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